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Notícia retiradas do site da Confederação Brasileira de Remo (www.remobrasil.com.br)

Site oficial da Confederação Brasileira de Remo, entidade responsável pelo remo no Brasil.

  1. O Nebar é o Programa do Governo Federal para fomento das categorias de base direcionados para treinamento de alto rendimento. Este é o segundo ano deste núcleo no remo e podemos observar os bons resultados!

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    Dos 344 remadores participantes do Campeonato Brasileiro de Remo Unificado, realizado em outubro na raia da USP, 59 atletas fazem parte do Nebar. Os remadores do Projeto, que é coordenado nacionalmente por Roque Zimmerman, participaram de 144 provas ao todo, conquistando 89 nove medalhas entre ouro, prata e bronze!

    Menção honrosa para a atleta mais jovem da competição, Clara Tomaz, de apenas 12 anos, do Alvares Cabral, que faz parte do Projeto Nebar e conquistou dois quartos lugares. Outra participante que também fez muito bonito foi a quinta melhor do mundo na categoria Junior, Jennifer Almeida, do Flamengo, que faz parte do Projeto e conquistou cinco medalhas de ouro!

    Já na ala masculina, o remador do Projeto que conquistou um grande resultado foi Bernardo Almeida do Botafogo, que também foi o grande destaque individual da categoria masculina da competição, com quatro medalhas de ouro e uma de bronze.

    Outro ponto super positivo do Projeto e que todos os núcleos estaduais tiveram atletas representando o projeto e seus clubes durante o CBI e/ou a Copa Norte Nordeste, inclusive remadores que participaram do Camping Nacional como únicos representantes de seus estados.

    O projeto teve uma grande adesão dos clubes de todo o país, inclusive de instituições que não possuem núcleos estaduais, mas que inscreveram ainda assim seus remadores das categorias de base no projeto.

    O núcleo com o maior número de remadores inscritos no Nebar foi o de Santa Catarina, com quase cem atletas participando do camping estadual. Vale salientar que todas as medalhas de ouro dos clubes daquele estado vieram de categorias de base.

    Outro estado que obteve seus melhores resultados nas categorias de base foi o Rio Grande do Norte. Todas as medalhas dos clubes participantes do CBI e do Nebar vieram de remadores que participam do Núcleo Estadual.

    Neste CBI o estado com o maior número de remadores inscritos foi o Rio de Janeiro, com 20 atletas, seguido bem de perto por Santa Catarina, com 15. O Projeto Nebar é um grande sucesso no remo brasileiro e, graças à grande adesão dos clubes brasileiros e seus treinadores, podemos colher e verificar estes grandes resultados.

    O Nebar é realização da CBR com apoio do Ministério do Esporte. Obrigada ao Senador Carlos Portinho por todo o seu apoio ao projeto e à nossa modalidade. O fomento e apoio às categorias de base é fundamental para a renovação e prosseguimento do desenvolvimento no remo brasileiro.

  2. Atletas mudam de categoria, seja de peso ou de idade, mas dois remadores brasileiros mudaram de modalidade. Alina Dumas (Corinthians) e Jairo Klug (Pinheiros) começaram no remo olímpico e, por motivos diferentes, hoje, são classificados para-atletas e fazem parte da seleção paraolímpica de remo na categoria PR3.

    Jairo chegou a fazer parte da seleção olímpica de remo e nos representou em Jogos Pan-Americanos e Sul-Americanos  antes de sofrer um acidente grave de moto em 2010, onde o remador carrega as sequelas até hoje na sua mão esquerda.

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    O atleta conta que as consequências do acidente não foram piores exatamente porque já era atleta de alto rendimento e a sua musculatura não deixou que as vértebras na cervical, fraturadas durante a batida de moto, saíssem do lugar. Após meses no hospital e semanas em coma, o remador acordou sem saber o que tinha acontecido com ele.

    "Acordei na UTI do hospital sem saber de nada do que tinha acontecido. Até hoje, minha última lembrança daquele dia é, eu me despedindo do pessoal na USP, depois de um treino de remo e saindo de moto", relembra Jairo.

    Já a nossa hermana, naturalizada brasileira, Alina Dumas, migrou para o para-remo após uma cirurgia de reconstrução nos ligamentos de suas pernas. "A cirurgia é bem simples, corriqueira. O tornozelo direito está bem, sem sequelas, mas o esquerdo está mais rígido e não consigo flexionar como antes. Ai, tentei a classificação duas vezes para o PR3. Os médicos acham que talvez minha condição melhore, mas eu sinto muita dor e se eu tiver que fazer alguma intervenção será para retirada do nervo", explica a atleta.

    18.10 - CBI Remo - Fotos  Gabriella Garbim ECP-163

    Com inícios de carreira bem diferentes, Jairo e Alina foram nossos representantes paralímpicos em Paris em dois barcos . O remador no Pinheiros competiu no double skiff PR3, ao lado de Diana Barcelos, conquistando a melhor colocação brasileira nos Jogos de Paris: quinto lugar geral na final do double skiff PR3.

    >> Leia mais sobre a carreira de Jairo Klug aqui!

    >> Leia mais sobre a Carreira de Alina Dumas aqui!

    Aliás, a dupla formada por Jairo e Diana é bi-campeã mundial na mesma prova e vem mostrando resultados muito positivos nos últimos anos. Já Alina nos representou no quatro com timoneiro PR3, conquistando a segunda posição na final B, oitavo lugar geral, mesma prova que Jairo competiu nos Jogos de Tóquio.

    A transição: Apesar de os corpos dos remadores carregarem sequelas de acidentes ou cirurgias, os dois atletas estão muito bem em sua nova condição de para-atleta. Para Alina e Jairo, a transição foi tranquila e o motivo foi o mesmo: o amor pelo remo.

    "Eu esperei um ano de fisioterapia para saber se a minha sequela seria permanente ou não. Lembro que na época o treinador do para-remo do Pinheiros ainda brincou: pior das hipóteses, você vem remar conosco! Na época, poderia ter parado, mas eu amo remar e um jeito de continuar competitivo e fazer o que amo era tentar a minha classificação. Foi o que fiz e sigo treinando até hoje", explica nosso representante e duas paraolimpíadas, Jairo Klug.

    "Eu me divirto muito remando e treino para competir. No remo olímpico, eu tenho que compensar um pouco a minha limitação de movimento, tenho que abrir um pouco mais a perna. A remada não fica perfeita, já no para-remo eu me sinto mais à vontade. A classificação para o PR3 foi o certo a ser feito, apesar de ter feito duas vezes e ter que revisar no início da temporada que vem", explica a nossa representante em Paris, Alina Dumas.

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    Jairo Klug foi bi-campeão brasileiro de remo olímpico antes de sofrer o acidente e chegou a subir no pódio sul-americano pela seleção brasileira de remo . Um dos principais atletas de sua geração, apesar de todos os desafios enfrentados dentro e fora das raias, é uma referência no nosso esporte, sendo o único atleta a nos representar na Seleção Brasileira em eventos de remo olímpico e paraolímpico.

    Sempre calmo e resiliente, o remador faz planos para Los Angeles e afirma que sabe que ainda tem muito mais para conquistar. "Acredito no potencial do double skiff PR3 para os próximos Jogos. Sei que, se trabalharmos bem, podemos mais. Vou seguir treinando firme para ganhar as próximas seletivas classificatórias", afirma o para-atleta.

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    Já Alina Dumas subiu ao pódio neste último CBI no remo olímpico e paraolímpico! Sendo para-atleta destaque da modalidade de para-remo na  competição. Com uma medalha de prata e bronze no dois sem timoneiro e double skiff sênior e uma de ouro no quatro com timoneiro PR3. A remadora também faz planos para Los Angeles e vai mais além, pensando na Austrália em 2032. "Enquanto eu me divertir e puder treinar e competir, não pretendo parar com o remo. Gosto muito do esporte. Pela minha idade, eu acredito que consigo me classificar para mais dois ciclos paralímpicos", explica a remadora.

    Remadores destaque nas duas modalidades, Alina Dumas e Jairo Klug mostram que o amor pelo esporte e pela competição os fizeram persistir e seguir treinando e que, apesar das mudanças, a mentalidade de atleta e vontade de treinar seguem inabaláveis.

  3. O Campeonato Brasileiro de Interclubes foi marcado pelo grande número de clubes e atletas participantes. Todas as regiões do país estavam representadas na maior competição do calendário do remo nacional. Foram seis dias de competição, com 99 provas entre as modalidades de remo e para-remo. Flamengo foi o grande campeão da temporada, levantando a taça no remo olímpico e paraolímpico.

    19.10 - CBI Remo - Fotos  Marcelo Prais ECP-63

    Apesar da maior equipe do evento ter conquistado o campeonato e ter vindo em grande parte das provas com dois barcos, muitos dos participantes tiveram que se unir para poder competir nas finais dos barcos longos. Com equipes menores, muitas guarnições mistas foram formadas. Diversas subindo ao pódio, algumas repetidas de outras temporadas e que vêm dando certo em cada competição, algumas novas e outras que nunca pensamos que um dia poderíamos ver.

    Mas em doze provas, o destaque foi para barcos formados entre clubes de rivalidades centenárias em seus estados. Equipes que mostram que o remo move atletas, instituições, águas, barcos e torcidas. E olha que algumas dessas equipes subiram ao pódio, conquistando medalhas importantes! Neste brasileiro, o antagonismo nos campeonatos estaduais foi deixado de lado e transformado em união nacional.

    Falando em união, o Grêmio Náutico União (GNU), Guaiba Porto Alegre(GPA) e o Centro Português Primeiro de Dezembro deram aula neste CBI. Após enfrentarem a maior tragédia ambiental já sofrida no Rio Grande do Sul, os clubes decidiram se ajudar para participar deste CBI. O União emprestou a carreta para que os demais clubes pudessem trazer seus barcos e, para aumentar a representatividade gaúcha, diversas guarnições mistas foram montadas.

    remo mais paysandu

    Foram oito provas nas quais os clubes do Rio Grande do Sul uniram seus recursos para poder participar, conquistando cinco medalhas: uma de ouro, duas de prata e duas de bronze! Todas em provas femininas, a mulherada mostrando a sua força e dando exemplo de resiliência neste CBI.

    Se o assunto é rivalidade centenária, tem um estado no país que se destaca pelas regatas super acirradas e pelas torcidas mais que apaixonadas por seus clubes. Estamos falando do Pará, único representante da região norte do país, neste Campeonato Brasileiro. Seja no futebol ou na nossa modalidade, as instituições esportivas paraenses são movidas por grandes paixões.

    Neste CBI o improvável aconteceu: uma equipe mista formada por atletas do Clube do Remo e Paysandu no four skiff sub-19 masculino e não é que deu certo? A juventude mostrou que o esporte também move paixões e conquistou o segundo lugar, subindo ao pódio para receber a medalha de prata neste brasileiro!

    Outra guarnição formada neste CBI por clubes rivais veio da região nordeste, entre Clube Náutico Capibaribe (CNC)  e Sport Club Recife (SCR), no double skiff peso leve masculino, levando a medalha de prata! Depois do sucesso da Copa Norte Nordeste deste ano, realizada em Pernambuco, onde os dois clubes fizeram muito bonito e uma tremenda festa, a união chegou neste CBI.

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    Durante a Copa Norte, Sport e Náutico fizeram dobradinha de primeiro e segundo lugares no pódio do Campeonato e conquistaram a taca A Tarde para a Federação Pernambucana de Remo. Neste CBI, a união foi estendida e veio em formato de medalha de prata para os clubes.

    Outra equipe mista, que rendeu medalha de bronze para dois clubes rivais no estadual, veio do sul do país, mas dessa vez de Santa Catarina. Clube Náutico America e Riachuelo juntaram forças com o Vasco da Gama do Rio de Janeiro e levaram o terceiro lugar na prova do oito com timoneiro sub19 masculino. A categoria de base e o Nebar mostrando resultados muito positivos.

    Nesta mesma prova, outra equipe mista formada entre atletas do Bandeirante e Atlético Paulistano de São Paulo também participou, conquistando o honroso quinto lugar. Quem também chegou junto nesse CBI, deixando diferenças estaduais de lado, foram as equipes do Distrito Federal: Remo Brasília e Crossrowing.

    O pessoal da capital do país remou junto e forte no four skiff feminino sênior às vésperas da definição das categorias do campeonato estadual de Brasília. A mulherada deixou as diferenças de lado e conquistou a quinta colocação na prova.

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    O Campeonato Brasileiro de Remo 2024 foi marcado por emoções muito fortes e se tornou único e especial por motivos, nem sempre felizes, que vão muito além das regras e técnicas de remo. Obrigada a cada um dos atletas, treinadores, clubes, dirigentes, familiares que se dedicam a este esporte e fazem desta modalidade a nossa paixão.

  4. Destaque do campeonato brasileiro de Para-Remo, Alina Dumas foi a única atleta a subir ao pódio em provas olímpicas e paraolímpicas desta competição. Isso mesmo que você leu! A nossa super representante nos Jogos de Paris conquistou três medalhas: de prata no dois sem timoneiro sênior, de bronze no double skiff sênior e de ouro no quatro com timoneiro PR3, mesma prova que nos representou nas Paraolimpíadas este ano.

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    O primeiro contato de Alina com o remo veio durante os jogos olímpicos de Pequim. A remadora conta que estava em casa, acompanhando o evento pela televisão e, em algum momento, assistiu a uma prova da modalidade e achou o esporte lindo e pensou que um dia, se tivesse a oportunidade, iria praticar. Anos mais tarde, durante a sua faculdade no Canadá, a atleta descobriu que a instituição tinha uma equipe de remadores principiantes e decidiu que aquele era o melhor momento para colocar seu plano em prática e começar a remar. Ainda bem, né?

    Depois da primeira aula, a atleta se apaixonou pelo esporte e nunca mais teve a intenção de parar. Mas deixa bem claro que seu foco sempre foi no remo competitivo. "Treinar por treinar eu não quero. Acho o remo muito divertido. Eu gosto do processo, o dia que eu não achar mais graça eu paro", explica Alina.

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    A remadora veio para o Brasil para morar pela primeira vez, devido ao trabalho de seu pai. Alina conta que cursou a high school na escola americana de São Paulo. Mesmo indo para o Canadá, devido aos estudos, a atleta decidiu voltar para o Brasil para trabalhar e para estudar mais um pouquinho. A remadora está fazendo Doutorado em Medicina na USP e defende atualmente as cores do Corinthians.

    Morando no Brasil há sete anos, Alina se naturalizou brasileira para defender as cores do país nos Jogos de Paris, mas este não foi o maior desafio para se tornar uma atleta para-olimpiana. Na verdade, a história da atleta começa no remo olímpico. Isso mesmo! A remadora, devido a uma sequela de cirurgias para reconstrução do tendão nas duas pernas, migrou para a categoria PR3.

    O desafio ficou na classificação internacional. A primeira tentativa da atleta foi recusada, pois os médicos acreditavam que a sequela da remadora no tornozelo esquerdo não era permanente. Alina teve que passar pelo processo não uma, mas duas vezes. Resiliente, a remadora enfrentou o desafio e se classificou e pode nos representar em Paris.

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    A Hermana mais Brazuca no remo brasileiro conta que ainda seu status ainda esta como "review", ou seja, para revisão. "O classificador acredita que minha condição não é permanente, então no início do próximo ano vou ter que classificar novamente. Ele acredita que eu posso voltar a ter os movimentos do pé, mas, devido à dor que eu sinto, a situação é permanente", explica a remadora.

    "Minha maior vitória no para-remo foi a minha classificação para Paris. Dentro e fora da raia. Nossa repescagem durante os Jogos também foi muito difícil, ainda assim a nossa melhor prova. Estava apreensiva e, por ter que passar pelos exames duas vezes para me eleger para-atleta, foi bem complicado, afirma Alina.

    Ainda bem que deu certo! Nossa atleta para-olimpiana fez uma tremenda temporada em 2024 e ficou surpresa quando descobriu que era o destaque individual do Campeonato Brasileiro de Para-Remo com três medalhas e única a subir ao pódio nas duas modalidades: olímpica e paraolímpica.

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    "Apesar de ter que me adaptar e compensar a minha lesão no barco olímpico, foi muito divertido competir este brasileiro. Sempre é um prazer remar ao lado da Larissa, no quatro com PR3 competi com o Erik, Gabriel e Birigui, com quem fui para Paris. Foi uma equipe muito próxima da que foi para os Jogos E sempre é ótimo remar com eles", conta a para-atleta, que não mede elogios aos seus companheiros de barcos.

    A remadora, de 32 anos, sonha e faz planos para Los Angeles 2028 e também para Austrália em 2032! "Gosto de todo o processo. O meu sonho atualmente é terminar o meu doutorado, seguir na minha carreira e ir para os Jogos Paralímpicos novamente pelo Brasil", comenta Alina.

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    Jovem, focada e resiliente, nossa remadora é tudo isso e um pouco mais! Afirma que a maior lição que aprendeu no remo foi persistir e conhecer o seu lado competitivo! Afirma que se diverte em todo o processo, seja durante a competição ou nos treinamentos.

    Ainda vamos ouvir falar e ver a Alina Dumas brilhar por muito tempo na modalidade, usando as cores do Corinthians e do Brasil!

  5. Equipes grandes impressionam! Mas o universo dos 28 clubes do Campeonato Brasileiro de Interclubes é bem diversificado. Alguns atletas viajam sozinhos em busca de um lugar nas grandes finais e vão de igual para igual na raia contra os adversários, mas fora da água a realidade é bem diferente. Foram sete clubes de quatro regiões do país que chegaram nesse CBI pedindo passagem e muitos deles, apesar dos poucos representantes, subiram ao pódio e representaram suas instituições muito bem!

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    Os clubes com apenas um remador foram o Clube de Regatas Curitiba, do Paraná, o Clube de Regatas Guanabara e Clube de Regatas Piraquê, do Rio de Janeiro, o Clube Náutico Capibaribe, de Pernambuco e o São Salvador, da Bahia. Menção mais que honrosa para o Clube Náutico Potengy, do Rio Grande do Norte, representado por duas atletas com uma equipe 100% feminina na água, e o Clube do Remo, do Pará, que foi muito bem representado por seus três remadores.

    Muitos desses clubes, os atletas viajaram sozinhos e com muito pouco conseguiram fazer muito nesta competição. O Curitiba foi representado por Alejandro Carreni Bueno e o Guanabara por Thiago Duprat Fortes. Os dois remadores fizeram a final B do single skiff masculino. Chegando em oitavo e sétimo lugares respectivamente. Uma vitória pessoal de um esforço de quem estava sozinho dentro e fora da raia.

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    Vale salientar que Alejandro foi o único representante de seu estado, além de seu clube. Parabéns aos atletas pela dedicação e esforço! Já o Piraquê e o São Salvador foram representados pelos seus remadores paraolímpicos.

    O clube baiano trouxe Renê Pereira, que subiu ao lugar mais alto do pódio no single skiff PR1, nosso medalhista nos jogos de Tóquio, superou os adversários e trouxe a única medalha de ouro para a Bahia! Parabéns, Doutor! Já o Piraquê foi muito bem representado por Jucelino Silva, o Birigui, nosso timoneiro do quatro com PR3 em duas Paraolimpíadas.

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    Birigui conquistou a medalha de ouro no quatro com timoneiro PR3, timoneando uma guarnição mista formada pelo Sport Recife, Botafogo e Corinthians. O super Jucelino confirmou a boa fase, já que foi o nosso representante em Tóquio e Paris. Fechando com chave de ouro, ou melhor, medalha de ouro, a temporada 2024.

    O Capibaribe também foi representado por um único atleta, Lucas Matheus de Souza, que teve o apoio do seu treinador Pedro Ricardo Ferreira. O remador competiu em duas provas. Conquistando um honroso quarto lugar no single skiff sub23 peso leve, batendo na trave do pódio e uma medalha de prata ao lado de Samuel dos Santos do Sport Club Recife!

    Já os dois clubes, Potengy e Remo, os dois maiores clubes da nossa lista de menores equipes em número de atletas, também subiram ao pódio, seja em barcos formados apenas por seus atletas ou mistos, assim como o Capibaribe. No brasileiro, vimos rivalidades centenárias se transformando em união e gerando bons resultados que renderam medalhas para as instituições e seus atletas.

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    O Potengy conquistou duas medalhas. Foi terceiro no dois sem timoneiro peso leve com as brabas Ana Beatriz Rocha dos Santos e Cintia Calixto Galvão. Em uma equipe mista, formada com o Paysandu, Ana volta a subir ao pódio, conquistando outra medalha de bronze, dessa vez no double skiff peso leve com a super Ane Helen Monteiro Barbosa. Vale salientar que o clube potiguar trouxe seus dois treinadores para o brasileiro que trabalharam auxiliando suas atletas.

    Já o clube, com a maior formação de remadores da nossa lista de menores equipes, o Clube do Remo, veio com um total de três atletas mais a sua comissão técnica. A instituição paraense veio com os remadores Mauricio de Souza Rocha, Cauê Gabriel Pantoja e Moises Argley de Lima Costa, levando uma medalha de prata para casa no four skiff sub23, ao lado de Matheus Praxedes e Paulo Moisés do Paysandu.

    Aos 28 clubes e 344 atletas que chegaram neste Campeonato Brasileiro de Interclubes o nosso muito obrigada por fazer esta competição um sucesso!
    Imagens: Matheus Roushinol /ECP
                   Marcelo Prais/ ECP
                   Gabriella Garbim/ ECP
  6. Que temporada do Bernardo Barreto! O remador deslanchou no seu último ano de júnior e está em um relacionamento muito sério com o pódio! Desde o início do ano, o atleta do Botafogo vem se destacando. Começou o ano muito bem com uma medalha de ouro e prata no sul-americano, realizado na Lagoa Rodrigo de Freitas, em março, no Rio de Janeiro.

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    Depois foi campeão carioca e destaque no CBI com o melhor resultado individual masculino, com quatro medalhas de ouro e uma de bronze! A história de Bernardo começou na modalidade devido à prima do remador, Gabriela Marques, que hoje trabalha no mesmo clube no qual o atleta rema. "Eu sempre gostei de esportes, mas nunca treinei para competir antes do remo. Estava acima do peso, aí minha prima, que na época remava, me sugeriu a modalidade", conta o atleta.

    Poucos meses depois da primeira aula, o remador fazia a sua estreia em estaduais em uma yolette infantil, conquistando a medalha de prata, a primeira de sua carreira. Depois dessa regata, Bernardo competiu em todas as etapas do estadual daquele ano, começando a colecionar medalhas e resultados, mas a primeira medalha de ouro ainda estava por vir.

    O remador conta que o remo foi paixão à primeira vista. Desde a primeira aula no clube, já sabia que queria ficar. Mas nem sempre foi fácil. A primeira barreira na carreira de Bernardo foi a pandemia da Covid-19, que fez o atleta parar e ficar em casa. Ainda assim, o remador, mesmo com pouco tempo na modalidade, não desistiu e conta que ficava simulando exercícios de remo no período em que as garagens estavam fechadas.

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    "Senti saudades durante a pandemia, queria muito voltar a remar", afirma. Após um ano afastado dos treinamentos, la estava Bernardo de volta. A primeira medalha de ouro veio logo depois, no estadual carioca, no double júnior B, aos 15 anos, e foi ao lado do seu melhor amigo Victor Itagiba, que parou de remar por estar cursando Faculdade de Medicina. "Foi uma sensação incrível, eu via meus amigos mostrando as medalhas de ouro deles e aquela era minha!", relembra o remador.

    A primeira medalha em campeonatos brasileiros também veio ao lado do melhor amigo, Victor, e para Bernardo esta foi a principal vitória de sua carreira até o momento. Foi uma medalha de prata no double júnior no CBI de 2022. No ano anterior, o remador teve a sua estreia nacional, mas chegou em quarto lugar no single skiff júnior, aos 15 anos.

    Ao contrário de muitos remadores, Bernardo Barreto foi campeão sul-americano antes de ser campeão brasileiro. Na competição realizada na Lagoa Rodrigo de Freitas neste ano. O remador ganhou o single skiff júnior, subindo ao lugar mais alto do pódio. Não apenas isso, a prova foi a primeira internacional e pela seleção brasileira na carreira do atleta.

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    A resiliência sempre foi a marca registrada de Bernardo. "Meu treinador (Paulo Vinicius) sempre falou para mim: cada derrota, você coloca dentro do saco e treina mais. Não fique pensando nelas, foca na próxima prova. Foi isso que fiz", conta o atleta.

    A estratégia deu certo, mas muito certo! A temporada de 2024, o remador é destaque de sua categoria. Foi campeão e vice-campeão sul-americano, tetracampeão brasileiro e, de quebra, ainda conquistou uma medalha de bronze no CBI. Não apenas isso, foi o melhor resultado individual masculino em todas as categorias e se mostrou surpreendido com o bom resultado.

    "Eu comecei chegando muito atrás, mas aí isso fazia com que eu treinasse mais. Me dediquei muito e o resultado veio", explica Bernardo com muita calma. O remador lamenta a lesão no joelho perto do Mundial da World Rowing, deste ano, que estava convocado para o single skiff júnior e por este motivo não pode participar da competição.

    Recuperado da lesão, mostrou nesse brasileiro está focado nos treinos e em uma fase excelente. Bernardo já faz planos para a temporada 2025, no seu primeiro ano de sub23. "Quero muito ir para o Pan-Americano da Juventude do próximo ano, sei que vai ser difícil, mas vou treinar muito para isso acontecer", afirma o remador. 

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    Neste CBI, o atleta realizou mais um sonho: remar ao lado de seu ídolo e inspiração Lucas Verthein no double skiff masculino, não só isso, mas ganhar uma prova na categoria sênior! "Estava um pouco nervoso no dia anterior, mas na hora em fiquei calmo. O Lucas te deixa à vontade e te dá uma remada muito segura. Mas foi bem difícil de acompanhar porque ele é muito forte", explica.

    Bernardo Barreto, que está no segundo período de Educação Física por uma bolsa de estudos oferecida pela Frerj, é um remador calmo, resiliente e focado em prova a prova. Quando fala, reflete muito sobre como reage após as suas vitórias, sempre comedido e tranquilo.

    A maior lição de vida que o remador aprendeu no esporte foi de nunca desistir de nada. "O remo te engrandece, te faz uma pessoa melhor. Hoje eu estou cursando uma faculdade devido ao esporte", conclui Bernardo Barreto.

    Como todo atleta de alto rendimento, o remador sonha um dia ter a oportunidade de defender as cores do Brasil nos Jogos Olímpicos. "Quero muito ir para Los Angeles 2028. Não importa se vou ter que treinar e me dedicar muito mais", explica. Da capacidade e tenacidade do atleta a gente não duvida! Vamos juntos por mais, Bernardo, estamos sempre torcendo por você!


    Imagens: CBR/ Satiro Sodre e ECP/ Gabriella Garbim




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